Foto oferecida por uma amiga
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Trago no peito uma encruzilhadaPerdida de versos e estradaOnde me perco entre o tudo e o nadaE se canto, minha voz sente-se paradaQue de mim, o tempo foge como um rioOs passos percorrem-me entre o calor e o frioDe correr por um labirinto e o arrepioDe me saber assim, rouco e vazioSem que a voz me peça pazE de novo peço-te que vásNem sequer olhes para trásTemos um monstro que se prepara atrásPara nos devorar todos os lamentosUm cadáver que nos devora os momentosUma escuridão em tons de negros e cinzentosUma ferrugem fraca de tantos sofrimentosSem nada nos devolver, nem mesmo a morteAndamos assim, ao sabor das marés vivas do NorteSem sal, mel, sargaço ou algo que nos reconfortePode ser um mimo só, um corteNesta sensação enlouquecida da caminhadaPorque...Trago no peito esta encruzilhada...
7 comentários:
Hoje não te sei comentar. Pelo menos agora. Preciso de tempo e paz interior para te reler. Voltarei mais tarde.
Deixo um mimo num beijo
Uma encruzilhada significa que existem várias opções. Se existem várias opções, tem que se tomar uma decisão. Se tem que se tomar uma decisão, é preciso reflectir. Ou seguir apenas o impulso...
O que traz no peito é bonito!
abraço
Dulce
De tanto te ler já te sei de cor.
E porque neste poema há palavras que me são especiais, continuo sem saber das minhas para te deixar...
Um beijo, Pedro
É bom quando dentro de nós existe mais que uma estrada. Obriganos a ter consciência de nós e dos outros, ensina-nos que há caminhos fáceis mas sem sabor e outros doridos mas no fim reconfortantes.
Que possas experimentar ambos.
Um abraço :-)
Um percurso de água feito corpo de palavras.
Doem as marés sem sabores e sem cores para pintarem a estrada.
Beijo
Sabes, Pedro? Eu,há dias, que nem devia vir aqui. Ou devia, nem sei. Porque as tuas palavras traduzem-me em certos momentos. Como estas. Como este preciso momento.
Beijinhos
Pedro,
encruzilhado poema dos sentires...
... hoje parecida estou, assim também! :(
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