27 de setembro de 2009

sUsPeNs0


Não te devoro mais o tempo em que me esperas. Deixo-o solto assistindo a essas lágrimas que te afogam. Sabes disso. Que enquanto existirmos haverá uma sede moribunda e traiçoeira pairando por cima dos sonhos. Eu deixo os meus pousados no manto dos versos que vomito. Mesmo que sem cor, sem fogo, sem alma... são eles que me alimentam a tua perda.

9 comentários:

Som do Silêncio disse...

Delicioso o que aqui deixas, Pedro!
E mais não digo!

Beijo meu
Som

Lídia Borges disse...

Como sempre, profundo e sentido.

"Não te devoro mais o tempo em que me esperas"

Um beijo

mariam [Maria Martins] disse...

Pedro,

poema intenso! tão teu ...

é bom aqui voltar e ler e reler ... emoção é o que retratam os versos que partilhas...

um abraço (força!)
um sorriso enorme :)
mariam

Leonor C.. disse...

Palavras fortes que transmitem sentimentos. A poesia é um meio de extravasar.

Abraço

HOJE E AMANHÃ

Maria disse...

Tiraram-me o tempo, faz tempo. Por isso me solto vagabunda e ando descalça para sentir algum sopro de vida que venha da terra.
Tiraram-me parte de mim, faz tempo. De asas quebradas emergi do fundo dos mares empunhando flores de espuma que te deixo, em tempo de guerra.

Hoje sou eu que quero um abraço.

zmsantos disse...

Abraço-te, Pedro.

Anónimo disse...

e... é assim nas palavrasquenosunem, que te encontramos sempre, com a tristeza ou a alegria dita sempre com alma.
mesmo quando suspenso :)

um grande beijinho

Filoxera disse...

Tempo de dor de alma...
Um beijinho.

praia da lua disse...

uma perda que se torna ganho artístico, e sentido, pelas palavras que a imortalizam. bj grnd e alma serena

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...