19 de janeiro de 2011

nEv0eiRoMe


Nevoeiro-me. Porque a tua voz se reflete assim perdida
Como se o Encontro nunca demorasse
E vivesse em cada passo adiante.
Como se a tua maior ferida
Fosse o meu gritar cantante,
Uma espécie de nova despedida
De uma viagem que sempre ficasse...

Nevoeiro-me. Para me colorir outra vez de ti
Como poeta em sangue de ouvir e sentir
Que cabe no mundo inteiro e chora.
Como se estar aqui
Fosse bem mais que uma demora,
Uma espécie de corrida até aí
Numa saudade que nunca sabe partir...

3 comentários:

Maria disse...

Ferve-me o sangue, que tu não esfrias.
Bate apressado o coração pela imagem e pelas palavras.
E pelo Encontro que vamos viver. Outra vez. Outra vez...
Entro no caminho escuro do tempo e regresso ao passado, quando o que eu quero é caminhar para o futuro. Como me deixei enlear na fotografia?
Rasgo-me e sigo em frente, mais uma vez.
Suor, cachaça, sangue e chuva. Amor meu...

zmsantos disse...

tentei, tentei. Tudo o que sai é molhado e turva, pior que nevoeiro, onde imagino danças e farândolas de abraços de quem se Encontra na saudade de em ti se demorar poeta...

Abraço, Grande.

Carmo disse...

Adorei o estilo, as metáforas, o "Nevoeiro-me".

Um abraço

Boa semana

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...