Desta parede branca que todos os dias me passa à frente. Destas vozes que a cada momento invadem o meu sentir. Destes passos longos. Pesados. Por onde se perdem de repente os pedaços de nós que ainda estão por vir. Os sonhos. Respirações ao abrigo dos abrigos e das paredes brancas que guardam os silêncios fortes. Eu fico. Na leitura interior que se respira. Mesmo quando o nosso corpo transpira e as canções regressam. Não importa se a noite vem. Ou se o dia é cúmplice. Sonhar é o movimento dos nossos deuses. Mesmo na terra molhada que cheira a memória. Ou no seco pó que os Homens espalham pelos caminhos. Por isso é que a minha voz é rouca e triste. Ao sabor das lágrimas de amor. Dos segredos das flores. Das marés coloridas que rodopiam pelas praias. E tu, mão dada, vestes-me desta sofreguidão. Nos sonhos que se inventam e vão. Pelas paredes brancas... E o tempo passa.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
oTeMp0
O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...
-
Vento da espera Em mim presente Caminho, quimera Uma nova corrente Talvez uma lágrima que desespera Sem sair, de tão quente Ou um beijo que ...
-
A bela amante atravessava o deserto. Segura dos seus passos e do seu destino. Percorria cada desenho da areia como se fosse um pincel em pl...
1 comentário:
Amigo,
Quanta ternura, quanta saudade, quanto amor nas palavras que transbordam da sua alma.
Grata por partilhar.
Beijinhos,
Ailime
Enviar um comentário