30 de janeiro de 2014

SóPoSs0sErSeSiM

Diz-me de um país que vive acorrentado
Que canta e chora um pouco por todo o lado
Que treme, mas também se sente abençoado
Por uma história divina
Assim como uma menina
Bailando uma dança.
Chama-se esperança.

Diz-me de um tempo cinzento e sem cor
Às vezes só, perdendo o seu amor
Outras forte na rua e sem pudor
Na luta da felicidade
No campo ou na cidade
E tudo se alcança!
Chama-se esperança.

Só posso ser se sim
Acordar dentro de mim
E querer abraçar-te
Ter as mãos para te dar
Abertas de tanto amar
Cada pedaço da nossa arte

Diz-me da pequena casa ou da grande solidão
Do trabalho feito pele, voz e revolução
Crescendo que me arde o coração
De sorrir, de tanto sorrir
Na teimosia de ficar e não fugir
Neste corpo que não se cansa.
Chama-se esperança.

Diz-me que queremos contar as flores outra vez
Ganhar o orgulho de tudo o que já se fez
Entre poetas, marinheiros, sempre português
Eu quero e estás comigo
Somos muitos e eu consigo
Nosso chão que se alcança!
Chama-se esperança.

Só posso ser se sim...

1 comentário:

mariam [Maria Martins] disse...

Uma ode à esperança, à arte e à Vida.
Lindo.
Beijinhos :)
mariam

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...