26 de janeiro de 2015

LeVa-Te

Leva-te. Afogado no teu sofrimento. Talvez no fundo do tempo encontres algum sossego. Talvez o silêncio ou a gargalhada de finalmente chegar. Leva-te. Não digas mais palavras nem evoques as histórias mais belas. Não mostres o que sabes nem o que queres. Apenas deixa que o futuro seja em ti a forma. Uma esfera que rola dia após dia, rua após rua, sonho após sonho... Nunca ninguém será tão grande como a tua dor. Nem ficarás na lembrança assim tanto. O mar saberá encontrar um cantinho para o teu corpo no azul ou na espuma. Os peixes aconchegarão a tua alma que não vale nada na imensidão dos movimentos e cores. Leva-te. Apenas.

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O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...