O colibri pousou no meu coração
Cheirou-me a pele como se fosse uma flor
Canta, colibri, essa tua doce canção
E faz do céu um ninho de amor
O colibri entrou no meu leito
Pintou o meu corpo de viva voz
Demorou-se, como sol, na corrente do peito
Cobriu os meus olhos de rio e foz
O colibri voou nos meus sonhos
Levou-me ao cume de uma paz certeira
Dançou e espantou os passos medonhos
Deixou-me uma luz que brilha na eira
O colibri sou eu e és tu
Fazendo da vida uma avenida que sorri
E dentro do seu olhar atento e corpo nu
Pede-me baixinho: nunca saias daqui!
Poema dedicado à Manuela, que hoje viu um colibri nas buganvílias do seu quintal.
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