Haverá mais caminhos no meu passar
Labirintos de encontro a mim
Desaguando no mar
Fontes de silêncios sem fim
Encostados ao meu cantar
Rios nos meus olhos de cetim
Quando o sentido é tudo o que se quer procurar
Haverá o teu nome gravado no meu peito
Colibri que voa secreto e atento
Pelas margens fecundas do meu leito
Pelo ventre florido de cada momento
Que se vive na solidão de um sonho perfeito
Rios na minha pele e um novo alento
Quando o sentido é a pele que se tem a seu jeito
Haverá o encontro, a falésia sobre o sonho já quente
Nos céus de espelhos e loucuras
Estradas de gritos e beijos e gente
Pousios de fomes e abraços e ternuras
Como um poema mais que se diz e se sente
Repetidamente por entre as vestes mais puras
Rios de ser de querer de sorver o presente
Quando o sentido se perde nas lembranças tuas
1 comentário:
Nas tuas letras, Pedro, o mais bonito é ver como se amam entre si as palavras e como transformam em canto tudo o que dizem.
Um Bom Domingo!
Lídia
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