10 de agosto de 2018

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Cabe em mim uma eterna inquietação 
Um jardim de vulcões prontos
Tempestades e nuvens cheias de formas
Os meus passos são vagabundos e de perdição
Por isso a minha estrada é uma fogosa pintura
Onde cabe toda a raiva e toda a ternura...
Cabe em mim o rescaldo e ruína
A grande falésia da dança eterna
Areais e migalhas de muitas histórias
Os meus passos são loucos e cheios de tanto
Por isso canto e me faço em versos em eterna mistura
Onde cabe toda a raiva e toda a ternura...
Cabe em mim todo o cansaço do meu corpo reluzente
E pronto para o vómito ou para o beijo
Felugem de um vento morno
Por isso os meus passos estão aqui
Prontos a rebentar os abraços e a surpresa mais pura
Onde cabe toda a raiva e toda a ternura...

1 comentário:

Lídia Borges disse...


Neste espaço toda a palavra canta, mesmo que em "eterna inquietação". E como canta!"Por isso os meus passos estão aqui..."

Boa noite, Pedro.

Lídia Borges

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