8 de janeiro de 2007

AnDeIàSv0lTaSnAsAlAaLaSaNsAtLoVsÀiEdNa

Andei às voltas na sala. Não sei que fazia. Só sei que andava às voltas. Muito menos sei porque o fazia. Talvez porque era às voltas. Os meus olhos andaram às voltas também. O meu corpo dançou.
As lágrimas trouxeram finalmente um rio que me levou dali para fora. E desaguei numa praia cheia de ondas e olhares sedentos. Perdi-me.
Fugi de encontro a mim, novamente, pelas voltas de uma outra noite.
Andei às voltas na sala. Nunca parei.
Porque sei que se cair,

m

o

r

r

o

morro.

17 comentários:

sotavento disse...

Olha, fiquei almareada!... :)

Maria disse...

Por muitas que sejam as voltas da vida voltamos sempre ao mesmo sítio - a nós próprios.

.... então não páres!

Um beijo

Maria Carvalho disse...

Obrigada pela paragem no meu eco...apesar das voltas!! Beijos.

Flor de Tília disse...

das manhãs em que dei mais voltas... Tentei entrar aqui por várias vezes e nem à terceira consegui. Acho que tive de tentar a quarta, a quinta e perdi-lhes o conto. Mas valeu a pena! Não caí, não entonteci e gostei de ter desaguado na tua praia.
Beijinhos

Mina disse...

Parar não vale, parar não compensa. A vida é vivida em movimento...
Boa semana!

Maria disse...

Por vezes tb ando às voltas .. de ideias, pensamentos, recordações, sonhos, e quando doem muito, saio para dar a volta à vida.
Beijos

Maria disse...

O comentário acima é meu.

Maria disse...

Está marcado um jantar de blogs para o próximo dia 27 de Janeiro em Odivelas. Para te inscreveres se estiveres interessado, vais a http://os-convivas-do-costume.blogspot.com.

Rosa Silvestre disse...

Ás vezes, também ando às voltas na sala e tenho que sair para coordenar os meus pensamentos, a minha vida!Uma boa semana!

vida de vidro disse...

Fugir para fora e voltar para dentro (de nós).
Escrita muito original e criativa. Bom de ler. **

maria josé quintela disse...

"Caminho em passos rápidos e inquietos, no mesmo ritmo do meu pensamento. Como se o meu pensamento precisasse do movimento do meu corpo para progredir. Viro-me e reviro-me, enxotando os pensamentos que me impedem o sossego da noite sem pesadelos. É inútil."
(Um Olhar não Basta, 2006)

conheço essas voltas...
conheço essa vertigem...

GK disse...

Só é o fim se lhe reconhecermos esse poder... Cair tem uma vantagem: quando estás no fundo só há um caminho possível... é para cima!

BOM ANO!

Suspiros disse...

"Aos seres humanos foram dados dois pés para que não tivessem que permanecer num mesmo lugar. Mas, se ficassem quietos mais frequentemente para poderem aceitar e apreciar, em vez de irem de um lado para o outro tentando apoderar-se de tudo o que puderem, entenderiam verdadeiramente o que é a ambição do coração" (Robert Fisher)

Palavras sábias? Gosto de máximas. Mas talvez não sejam mais do que palavras?

:)

Claudia disse...

Não te deixo cair.
Estou aqui...

Beijo seguro

Anónimo disse...

Em meio as voltas (oh...tantas voltas!) caí aqui em sua página. Confesso que volta-e-meia estarei de volta às palavras que nos unem.

Beijo grande de feliz novo ano!

Teresa Durães disse...

em tempos fui assim. aprendi a deixar de ser. encontrando-me. aprendendo-me.

(não percebi o comentário lá no Voando :))

boa noite

Teresa Durães disse...

há vários motivos porque se escreve. independentes ou interlaçados. um deles pode ser catarse outro o puro gosto da escrita em si (como se gosta de ler, trabalhar, passear, futebol)

eu gosto de escrever pela escrita, pela catarse.

não me limito a escrever para o blog. escrevo romances e neste momento tenho um aceite por uma editora. um romance histórico que levou em pesquisa e escrita cerca de quatro anos. é uma paixão. catarse em quatro anos só se fosse num psicólogo :))

escrever durante meses a fio, se já experimentou, sabe que é a maior solidão que existe. para além de uma disciplina férrea.
para além disso trabalho como todos, sou casada e tenho filhos e cães (três) :))

obrigada
boa noite

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...