28 de julho de 2008

vAlE

Carrego o peso das memórias
Por entre os abraços
Navego por entre derrotas e vitórias
Perto demais de todas as histórias
Com que adormeço os meus cansaços
Entreabro janelas ao horizonte
Só para te ver e sentir
Esse rio, que corre debaixo da ponte
Que me leva e me traz até à fonte
Em viagens de eterno porvir
Rompo então todos os momentos
Nos rasgos e nas correntes dos versos
Grito potente por entre os pensamentos
Que dos meus olhos canta em choros lentos
Na imensidão dos sonhos submersos
Vale o sol, a lua, o beijo
O arranhão de paixões suadas
A inquietação e o desejo
A lágrima pousada no Tejo
O reflexo das nossas madrugadas
Vale o tempo, o tu, o ela
A flor, o mel e as folhas
A maré enconstada na aguarela
O areal centro da janela
Que nos oferece mais umas escolhas...

12 comentários:

dulce disse...

Obrigado por partilhar as suas escolhas!

Beijo

Maria disse...

Obrigada digo eu, por todos os teus poemas. Mesmo sem escolhas...

Um beijo, Pedro

João Videira Santos disse...

As palavras desenhadas no sentido estético da poesia...com "a lágrima pousada no tejo". Gostei.

mariam [Maria Martins] disse...

"Lê-lo" é um prazer e considero-me uma "sortuda" por ter encontrado esta sua "casa" desde o começo do meu singelo "blog".
Obrigada Eu.

boa semana
um sorriso :)

Lúcia disse...

O poema está lindo. Mas isto:
"Vale o sol, a lua, o beijo
O arranhão de paixões suadas
A inquietação e o desejo
A lágrima pousada no Tejo"
Arrepiou-me. Imagens magníficas.
Beijinhos

Reticências disse...

Magnifico.
Já é um dos meus preferidos.

: )

Maria Laura disse...

Belíssima a forma poética de cada pensamento. Muito bom, mesmo.

Som do Silêncio disse...

Olá Pedro,

Uma delícia este teu texto.

Bjs,
Som

filipa disse...

Lindíssimo este texto.
Parabéns pelas "Escolhas" (:

Beijinho

SMA disse...

Registo contigo
.
.
em punho
.
.
.
traços de vida
vivida

bjo

filipa disse...

Obrigada Pedro, pelas palavras.

Beijo enorme *

Parapeito disse...

Lindo!
Atrevo-me a dizer...bela confissão esta :))
**

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...