Saboreio este silêncio nos gritos de mim
Carregado de memórias e sabores
Uma mistura de cravo e alecrim
Um jardim perfumado de todas as cores
Verso lágrimas de saudade e desejo
Entre os sons da minha pele ardente
Uma mistura de abraço e beijo
Um oceano nos olhares de toda a gente
Sei do amor, da paixão, do medo
Vida de dentro em inquieto mergulhar
Uma mistura de ser tarde e ser cedo
Uma maré solta entre o ir e o voltar
Canto forte, no calor de um caminho a dois
Sorrindo ao ventre transparente de um rio puro
Uma mistura de antes, agora e depois
Um regaço de prazer e dor, em direcção ao futuro
Talvez um dia, um sossego, uma paisagem
Tremendo a cada encontro e descoberta
Uma mistura de espelho no sorriso da tua imagem
Que se renova sempre por perto, como uma janela aberta
Será na palma das mãos dos amantes?
No princípio? No meio? No fim?
Uma mistura feita de nós e faróis vigilantes?
Um novo silêncio nos gritos de mim?
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Porque se os silêncios envelhecem, morrem os gritos...
7 comentários:
Grito por dentro, muito cá dentro.
um bjo
Por isso não calamos.
Para que não haja silêncios envelhecidos...
... para que nunca morram os gritos!
Um beijo, Pedro
(cheio de mim)
Olá Pedro!
Gostei deste texto...
Bjs,
Som
Silêncio nos gritos... mas que pânico me provoca esta imagem...
Porque os gritos morrem nos silêncios!
Ainda bem que os seu se transformam em belos poemas.
Este é brilhante!
Beijo
Dulce
Este é daqueles teus poemas que dispensa qualquer palavra, apenas quero dizer que gosto muito, que me transportaste por instantes para um bocadinho do universo que é o teu mundo...
e desejar que os teus gritos não se calem...
Mas que o silêncio de uma janéla aberta sob uma paisagem consiga ser sempre um sossego...
beijo Pedro
algures, bem por dentro do grito, existe o silêncio. as tuas palavras são sempre gritos de beleza. beijos
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