10 de fevereiro de 2009

gRiToSdEmIm


Saboreio este silêncio nos gritos de mim
Carregado de memórias e sabores
Uma mistura de cravo e alecrim
Um jardim perfumado de todas as cores

Verso lágrimas de saudade e desejo
Entre os sons da minha pele ardente
Uma mistura de abraço e beijo
Um oceano nos olhares de toda a gente

Sei do amor, da paixão, do medo
Vida de dentro em inquieto mergulhar
Uma mistura de ser tarde e ser cedo
Uma maré solta entre o ir e o voltar

Canto forte, no calor de um caminho a dois
Sorrindo ao ventre transparente de um rio puro
Uma mistura de antes, agora e depois
Um regaço de prazer e dor, em direcção ao futuro

Talvez um dia, um sossego, uma paisagem
Tremendo a cada encontro e descoberta
Uma mistura de espelho no sorriso da tua imagem
Que se renova sempre por perto, como uma janela aberta

Será na palma das mãos dos amantes?
No princípio? No meio? No fim?
Uma mistura feita de nós e faróis vigilantes?
Um novo silêncio nos gritos de mim?
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Porque se os silêncios envelhecem, morrem os gritos...

7 comentários:

as velas ardem ate ao fim disse...

Grito por dentro, muito cá dentro.

um bjo

Maria disse...

Por isso não calamos.
Para que não haja silêncios envelhecidos...
... para que nunca morram os gritos!

Um beijo, Pedro
(cheio de mim)

Som do Silêncio disse...

Olá Pedro!

Gostei deste texto...

Bjs,
Som

Anónimo disse...

Silêncio nos gritos... mas que pânico me provoca esta imagem...

dulce disse...

Porque os gritos morrem nos silêncios!

Ainda bem que os seu se transformam em belos poemas.

Este é brilhante!

Beijo

Dulce

Anónimo disse...

Este é daqueles teus poemas que dispensa qualquer palavra, apenas quero dizer que gosto muito, que me transportaste por instantes para um bocadinho do universo que é o teu mundo...

e desejar que os teus gritos não se calem...

Mas que o silêncio de uma janéla aberta sob uma paisagem consiga ser sempre um sossego...

beijo Pedro

mariab disse...

algures, bem por dentro do grito, existe o silêncio. as tuas palavras são sempre gritos de beleza. beijos

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...