Cada passo trémulo em rio feito
Cada pedaço de mim sempre pouco
Abro hoje a chaga deste peito
Onde o silêncio é tempestade e sufoco
Cada futuro interrompido em verso e canto
Cada margem que nos separa e nos abriga
Abro hoje a renda deste pranto
Onde renasce a dor por mais que não consiga
Cada fuga secreta no meio da multidão
Cada lágrima seca cá dentro a ferver
Abro hoje a maré deste coração
Onde a saudade se prende sem se prender
Cada verso, cada lírio, cada desgraça
Cada nó na garganta rouca e cansada
Abro hoje a solidão que passa
Onde o meu olhar é janela fechada
Cada volta do teu nome em mim
Cada grito no precipício da sorte
Abro hoje o princípio do fim
Onde nascer é ser maior que a morte!
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Serás maior que a morte, minha filha!
9 comentários:
Agora não consigo.
Vou ali e já volto....
Abraço-te, Pedro
Olho as tuas palavras e vejo-te em cada uma. E sinto-as todas.
Leio-te devagarinho desatando cada nó que se faz. E engulo-os todos.
Visto a inquietação o sufoco o cansaço a solidão. E abro o meu peito.
Deixo-me sossegar no abraço que nos demos. E no rio de que és feito.
Beijo de boa noite, Pedro!
Sim, a tua filha será maior que a morte.
Bj terno de uma mãe que tem a certeza disso!
Bom dia. Vim ler-te. como o faço sempre, por hábito e pela Amizade que nos une em palavras, mas mais do que tudo isso venho ler-te porque gosto da tua forma "enrolada" de te escreveres.
Eu sou Mãe e tu sabes bem o quanto vos desejo tudo de bom.
Vai correr tudo bem. Descansa Pedro.
Deixo-te um abraço se precisares de mim sabes onde eu estou.
Lindoooooo
Consegues sempre maravilhar-me com os teus poemas...
Por vezes não sei dizer-te nada, este é um desses momentos...
Beijinho, Pedro*
Incrível. Será maior que a morte, tenho a certeza.
uma flor.sempre.
jocas maradas
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