2 de maio de 2009

cArReGoArAiVaDaSs0mBrAs


Sou feito de mim. Pobre amante despedaçado no meio de memórias e ventos. Acorrentado. Aprisionado nos teus dedos e nos teus sonhos. Carrego forte o sabor dos rios que ousaram passar no meu corpo. Sou feito desta voz da raiva e da paixão. Flores e mar servem-me de alimento. Mesmo quando o cansaço me pesa nos olhos. Sirvo-me completo e transparente como uma praia. Perto. Demasiadamente perto. Embriagado vagabundo feito em doses de eternos abraços e beijos em direcção à morte. Sou feito das sombras. Onde a luz de cada poema se reflecte para dentro. E é por isso que acontecem todas as histórias...

5 comentários:

Maria disse...

Cada pessoa é única. Porque feita dela e das suas memórias. Dos sonhos vividos e dos apenas sonhados.
Gosto de te saber rio e raiva, voz e paixão, amor e solidão, palavras e canções.
Da transparência do teu olhar. Do teu abraço. Da ternura com que te dás. Assim...

Um abraço dos nossos, Pedro.

pin gente disse...

deambulo por dentro de outras almas. vou ficando onde me deixam. não quero que me prendam. tentam-no! quero vaguear pela vida. livre. passear livremente. sou pássaro de voo curto. não migro. não aguento grandes tempestades de vento. o peso das torrentes de chuva afogar-me-ia. recolho-me! aproveito as sombras para passar despercebido à intempérie.
são períodos em que não durmo. não descanso. períodos em que os meus olhos se mantêm alerta. observam todos os movimentos das sombras. fogem da luminosidade que os espelhe. e quando termina a raiva dos céus, começa uma nova história. aí, atrevo-me a acercar-me do rio para beber da sua água. tão pura.
e embebedo-me do seu azul.


como sempre as tuas palavras...

um beijo, pedro
(e)terno como as tuas palavras

luísa (pin)

Maria P. disse...

Lindo...

Beijinho*

Lídia Borges disse...

A luz do poema propaga-se também para fora e é assim que podemos ver claramente, a matéria de que o poema é feito e absorvemos a intensidade das palavras.

Obrigada!

Maria disse...

Apressa-te, com calma.
Para que a margarida não murche aqui. Ainda duas. Quase. Quase...

Vários beijos aí, hoje...

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...