30 de setembro de 2009

tAnTo


Tanto é esse minuto suspenso no ar
O sufoco que se prende nos passos
O beijo carregado de pedaços
De tanta memória para deixar voar...
Tanto é esse suspenso minuto cantado
Onde o tempo morre e permanece
Onde somos poder e prece
De tanto o futuro ainda ser passado...
Tanto é cada silêncio do teu nome
Outra vez saudade. Novamente eterno.
Outra vez suspiro preso no calor do Inverno.
De tanto ser este tanto que me consome...
Tanto é o poema aberto em mim
O mistério e a estrada da falésia em flor
O bater das ondas dentro do peito e o amor
De tudo ser tanto e nunca ter fim...

5 comentários:

Maria disse...

Tão forte é o minuto de um abraço
o sorriso de um olhar feito menino
que as palavras caem-me no regaço
e transformam-se em pétalas e linho

Tão quente é o beijo que se espera
seja dado na boca do poema-amor
que as palavras deixam de ser quimera
e buscam teu peito para viver sem dor

Abraço-te...

Cemideias** disse...

São minutos como esses que permanecem suspensos na eternidade...**

Tudo de mim. Ou quase. disse...

Não digas que tens na boca o sal do meu mar
ou na pele as gotas do orvalho em que amanheço.

Guarda tudo em segredos do olhar,
semeados na alma e desabrochados no peito.
Guarda-me assim, porque eu sei e não esqueço,
que em cada sorriso teu encontro meu leito.

Inspira em cada momento o tanto que consegues abraçar,
deixa que faça parte de ti e em ti permaneça, como leve respirar.

Abre as asas ou (re)pousa no meu regaço,
e embala-me o coracão como outrora.
Fazemos o caminho andando num só passo
e, sempre tu, rasgas-te a cada novo dia, aurora.

AnaMar (pseudónimo) disse...

Tanto é...
...Que as palavras não chegam para o dizer. Nem as inventadas, as unidas ou as esquecidas...

Besos

Anónimo disse...

Tanto que eu gosto de Te ler.

Beijo Pedro

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...