22 de outubro de 2009

eUeTu


Fala-me dessa passagem forte
Desse caminho rasgado no peito
Cantado a direito
Quente e desfeito
A que alguns chamam morte...
.
Digo-te que o meu é abraço
Um carinhoso amor eterno
Uma espécie de onda ou inferno
Qualquer coisa de Inverno
Como um frio que regressa ao cansaço...
.
Diz-me da infância e da memória
Da passagem doce do embalo
Desta dor que não calo
Do segredo sem intervalo
Com que se pinta a tua história...
.
Falo-te de cada canto de mim
Poema feito maré em tempestade
Pequeno sabor a eternidade
Fogo que deixo arder à vontade
Porque a morte pode não ser um fim!

6 comentários:

Maria disse...

Sei que o teu abraço é amor eterno e de repente fiquei com outro nó que nunca mais desata queria que dessa torneira jorrasse água sem parar para me lavar por dentro e levar as memórias para sempre talvez eu pudesse voltar a nascer outra mas se calhar se eu fosse outra teria saudades da que fui portanto o melhor mesmo é deixar estar como está e dizer que a morte é um fim, sim!

Em tempo não, abraço-te

LuNAS. disse...

Olá Pedro.
Saudades de te ler. Culpa minha que te predi o rasto na mudança do template do blogue. Não consegui fazer a ligação de alguns blogues. Parece resolvido.

E saudades dessas pedras ao estômago, que aprecem nada, mas são muito, como o teu último verso.

E a carta à mãe: os meus olhos estão lá. E já li. E reli. De olhos baços.

Um beijinhos grande

Anónimo disse...

Abre a torneira e deixa sair a água. A Foto foi extraordinariamente bem escolhida para acompanhar as tuas palavras.
a vida é um pedaço de água que jorra da torneira até um dia ela se fechar.
Guarda as memórias, lembra-te de tudo com carinho.
A morte é o fim da vida, não o fim do sentir.

Um beijinho Pedro

Joana Correia disse...

Eu raramento comento o teu blog, porque estaria sempre a repetir-me: simplesmente lindo!
Leio-te e emociono-me... leio-te e sinto-te... leio-te porque adoro ler-te!

Beijos.

as velas ardem ate ao fim disse...

Ninguém morre dentro de nós!

um abraço mto apertado como um nó

Lídia Borges disse...

Lindo!

Realço o ritmo e a musicalidade.

Essa imagem muito "dentro" do texto.

Um beijo

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...