26 de dezembro de 2010

mArCaS


Deixa-me gritar no teu corpo como um louco
Cair para dentro do mar
Engolir-me por inteiro
Entre o silêncio e o cantar
Num momento derradeiro
Que de tanto me sabe sempre a pouco...

Deixa-me ser vento, tempestade, folia
Tricotar mantos de sangue e calor
Perder-me assim no tempo que passa
Entre o desejo, a ternura e quem sabe o amor
E na minha pele seca se trespassa
Cada momento inventado e guardado nesse dia...

Deixa-me morrer de ti, de mim, de todo o mundo!
Porque apenas pó, me desfaço pelos caminhos
Cubro-me de aromas e tudo me sabe a este vazio tremendo
Entre cantos, lágrimas e carinhos
Nas chagas de uma saudade onde vou sempre sendo
A memória rouca no meu passo vagabundo...


1 comentário:

Maria disse...

Visto-me do teu grito, que tenho andado silenciosa
Voo contigo no vento, que tenho a asas quebradas
Apenas não morro ainda, pois tenho nas minhas mãos o Futuro para te dar
Depois, depois já posso sossegar...

Abraço-te.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...