28 de janeiro de 2011

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Quando um abraço só me basta
Me aquece, me seduz e arrasta
Sou mar, feito onda nesta praia de vento e manto
Sou rio, leve e solto, por isso choro e canto
Sou fábula, lugares inventados de espanto
Sou tudo. E nada. Por enquanto...
Quando um beijo só me basta
Me arrepia, me devolve a ternura casta
Sou praia e vento, onda envolta em todo o mar
Sou canção, vagabunda no rio ao passar
Sou saudade, jardim de flores, o meu lugar
Sou eu. E nada. Outra vez sem cessar...
Quando um sorriso apenas me basta
Me interrompe este sangue que não se gasta
Sou mar, que da onda da praia cobre enfim o futuro
Sou liberdade, corrente deste rio em leito puro
Sou flor, aguarela colorida que ilumina o escuro
Sou assim. Eu apenas, quente e sem destino,
foz ou muro...

2 comentários:

Maria disse...

A noite e o dia. A água e o fogo. A lua e o sol. A terra e o mar. A ternura e a indiferença. A felicidade e a angústia. A mentira e a verdade. O passado e o futuro.
Onde vive o presente?

Carmo disse...

Somos apenas metades incompletas de um ser efémero.

Um beijo

Boa semana

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...