28 de junho de 2011

mArÉ


São sombras voltadas do avesso
Pedras do rio que me inunda de tanto
Minha voz é muito mais do que pareço
Deste chão que piso, cheiro e levanto

São silêncios em cada aragem que passa
Pelas águas que turvam sonhos e gritos
Minha dor é muito mais do que a ameaça
Dos secretos passos nos dias aflitos

São vazios no calor, almas sedentas
Nas margens da inquietação fervente
Minha história, nuvens brancas e cinzentas
Do tempo reinventado forte e ardente!

2 comentários:

Maria disse...

Que sei eu das marés que te inundam
de cheiros, sombras, pedras e abraços
se a tua voz é mais nos ecos que abundam
nos caminhos por onde passeiam os meus passos
Que sei eu das marés de ir e não voltar
silêncios que gritam nas águas do caminho
se a tua dor é mais do que tenho para dar
e nas noites caminhas sempre sozinho
Que sei eu das marés vazias de nós
quando o tempo se esvai por entre os dedos
se a tua história contada quando estamos sós
se repete a cada tempo, sem horas nem medos...

Abraço-te.

AnaMar (pseudónimo) disse...

Dois poemas, por enquanto, no mesmo espaço: o poema e o comentário.
E porque as palavras UNEM, regressei.
b
e
i
j
o
s

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...