21 de julho de 2011

LiBeRdAdE


Nada se desenha no colorido da vida
Nem o sossego das árvores
Nem o sorriso das estrelas
O colorido da vida é hoje um vazio
Preso entre margens, como um rio...

Nada se ouve no silêncio das flores
Talvez os gritos da inquietação
Talvez as marés da saudade
O silêncio das flores é um enorme mar
Preso pelas ondas que nunca têm hora de voltar...

Nada me completa nas horas da noite
Nem o vagabundo que chora
Nem a palavra imprevista
As horas da noite são um farol sempre aceso
Nos delicadíssimos fios com que me sinto preso...

Nada se tem, se tudo se quer ter
Talvez só a morte.
Sim, a morte é certa.
E um dia, ao acordar, olho para trás
E vejo o tempo que passou
Cada cheiro que ficou
Os escombros da minha cidade...
Desesperadamente à procura de liberdade!

Sem comentários:

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...