28 de março de 2012

UmPoStChEi0dETaNt0qUeSóPrEtEnDeBaRaLhAr!

EIS A FALA DO TRISTE POETA:
Houve um tempo em que a música do silêncio significava um verso mais... A tua voz na noite pintava-se na lua. O teu rosto era um caminho. Nesse tempo em que vinhas de mansinho.
Houve um tempo em que o longe se inventava nas solidões... A qualquer momento os jardins regressavam para nos enfeitiçar. Talvez a saudade de te ter... Nesse tempo em que tudo era ser.
Houve um tempo em que as notícias se transformavam em histórias de paixão... Em corpos de espelhos que se abandonavam aos labirintos. E os rios correntes amarras para amar... Nesse tempo em que tudo se podia cantar.
EIS A RESPOSTA DE UMA AMANTE QUALQUER:
Pois é, meu amor, longe estás de mim agora. Deste aos passos um sabor a mel demasiado doce. Por isso vai. E tudo já é como se fosse...
Pois é, meu amor, deixaste cair uma lágrima afogada. E os lagos não têm horizontes. Nem os cheiros de nenhuma mão. E tudo me sabe a prisão...
Pois é, meu amor, o leito vazio agora é uma secretária. Onde passo o corpo para pintar uma janela aberta ao futuro. Do que quero em mim sem ti. E tudo é bem mais do que perdi...
O REGRESSO DO VIAJANTE:
Na alma do meu toque mora ainda a liberdade. Gritos de um enredo perdido nos teus olhos. E nada me fica mais eterno do que os segredos que transbordam dos meus dedos.
Na alma da minha morte talvez um dia descubra a paz. No peito colorido que se fazia à estrada. E nada é mais que uma dor mais, rasgando em pedaços os trilhos frenéticos dos meus cansaços.
Na alma da trincheira que me liga ao que era estou nu. Sem me importar com o nome das fardas que passam ou ficam. E nada é tudo o que o meu sonho quis só para ser feliz...
O DISCURSO:
Não vale a pena ficarem ansiosos ou tristes! O cais não carrega a bagagem que se perde à toa! O barco vai de saída sem destino certo. Vai para longe e vai para perto. É só escolher o local. Ficar parado é que não vale!
Não vale o custo das chagas dos amores vadios! Cada onda não comporta tanta rouquidão! Talvez um dia o amor se torne país e o beijo capital. Ficar parado é que não vale!
Não vale o palavrão deitado na raiva! O pontapé no canteiro mais risonho! A cuspidela que se atira ao sonhador é um veneno que sempre nos fica mal. Ficar parado é que não vale!
A MENTIRA DA VELHA:
Minha filha, fica um pouco outra vez nesta dança... Sê no teu ferver a gargalhada solta da criança... Rima-me na pele esse teu jeito que me balança e faz-me fruto que a minha história não me descansa!
O VÓMITO DO SORRIDENTE:
Que negro o teu enterro... Que escuro trazes no que vestes... Aparta-te de vez. És uma invenção que ninguém fez!
A DOR, ESCANCARADA NA EMBRIAGUEZ:
Não existe a garganta no bater das tempestades. Só desmaios largados ao vento. Que ficou tão fundo que me aperta ainda. Que quis um dia pousar o seu tricô pertinho da janela. Coisa mais bela...
E AGORA, OS COMENTÁRIOS:
Lol. Like. Puta que te pariu! Já sabes que... Como foste capaz? larga a cachaça, mulher! Francamente... Outra vez?!!! Não compreendeste nunca! Falsa.... (e mais e mais e mais...)
AGORA EU:
Meus queridos amigos...

2 comentários:

Maria disse...

Desde que não te baralhes a ti próprio...
Eu chamar-lhe-ia 'Um post cheio de tanto que estou baralhado'.
Retenho algumas palavras. Para mim. Porque a vida é cheia de 'houve um tempo em que...' em que fica sempre a saudade de ir e chegar.
E solto ao vento a vontade da onda bater no mar com a força de partir o espelho. Porque a seguir vem a vontade que sempre tenho de te abraçar...
Do tanto que já se fez, do muito que há ainda por fazer, do pão quente com queijo por comer, do vinho ou da cachaça por beber, do tanto que ainda temos para vier...

pgdt........
parif?

OUTONO disse...

...acredita, que li quatro vezes e só à quarta consegui ler tudo, porque nas outras parava em sítios...como se paragem de autocarrro fosse, para entrtar ou sair da dança que enunciaste.
Olhei o Pedro...e retenho :
"Talvez um dia o amor se torne um país e o beijo capital. Parar é que não vale"
Confesso...que fiquei baralhado. Há mensagens e códigos numa mensagem onde a alma se liberta e se esconde...quase atrevimento, quase devaneio de escrever, o que de facto vai na alma...mas se resguarda.
Tornei a ler...e vejo um Pedro, capaz de fugir ao Pedro...agarrar uma pedra e dizer: - vou onde esta pedra chegar com o meu lançamento. Vou...parar não vale.
E, eu digo-te...VAI! Não penses que partes...acabaste de chegar!
Um abraço de um navegador...que tem sulcado mares...e naufragado até. Mas , vou...parar não vale!

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...