Pobre camponesa da terra ardente
Perdes-te no silêncio das searas
Consomes sonhos e luas raras
De esperas vivas mesmo à tua frente...Pobre peixeira do mar furioso
Carregas a vida entre as mãos e a pele escuraCantas a dor em forma de ternuraE esperas inquieta no teu coração ansioso...Pobre mãe dos dias que nunca mais acabamRecomeças a toda a hora a tua vidaSentes o cansaço numa respiração perdida
Esperas tanto, no fundo dos olhos que desabam...
Pobre amante deixada ao abandono
No seio do tempo que não é teu
Caída no leito que nunca faz seuOnde esperas como folha em solidão de Outono...
.
Que o universo se levante e se ponha de joelhos!
Que se incline na divina existência!
Somos pó no meio de todos os espelhos!
Somos sangue que jorra a sua própria clemência!
Quero-te sempre em mim, vigilante em tudo o que fizer.Sei-te natureza e gravidez
Por isso, te encontro, te espero, te desejo outra vezPor isso e por tudo, sempre MULHER!
Perdes-te no silêncio das searas
Consomes sonhos e luas raras
De esperas vivas mesmo à tua frente...Pobre peixeira do mar furioso
Carregas a vida entre as mãos e a pele escuraCantas a dor em forma de ternuraE esperas inquieta no teu coração ansioso...Pobre mãe dos dias que nunca mais acabamRecomeças a toda a hora a tua vidaSentes o cansaço numa respiração perdida
Esperas tanto, no fundo dos olhos que desabam...
Pobre amante deixada ao abandono
No seio do tempo que não é teu
Caída no leito que nunca faz seuOnde esperas como folha em solidão de Outono...
.
Que o universo se levante e se ponha de joelhos!
Que se incline na divina existência!
Somos pó no meio de todos os espelhos!
Somos sangue que jorra a sua própria clemência!
Quero-te sempre em mim, vigilante em tudo o que fizer.Sei-te natureza e gravidez
Por isso, te encontro, te espero, te desejo outra vezPor isso e por tudo, sempre MULHER!
7 de junho de 2010
2 comentários:
Gosto tanto das tuas palavras inquietantes... gosto tanto das tuas palavras inquietas...
E gosto delas em acalmia. Como um suave pôr de sol a cair no mar.
E gosto desta fotografia!
Olá Amigo,
Divino poema!
Muito obrigada.
Ailime
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