31 de janeiro de 2009

oNtEm

Sinto-me amarrado ao tempo. A cair num precipício dentro deste labirinto e na vertigem que é o meu peito. Os sorrisos e as lágrimas são as cores deste caminho ora embriagado ora solto ora prisioneiro. Chove dentro de mim e as flores arrastam os sonhos. Em silêncios e melodias de existir para amar...
Porque o momento é insuportável. Sufoco em mim. Asfixio nos meus passos e no meu olhar. No vazio. A transbordar desta solidão que me sangra os dedos. E não consigo adormecer. O tempo torna-se o carrasco e a luz cega demais...

5 comentários:

Maria disse...

Há momentos que nos parecem insuportáveis. Há angústias que nos estrangulam e sufocam. As águas que tudo levam podem arrastar os sonhos. Mas o sonho maior está dentro de nós. No peito. E sangra dentro do coração. Até um dia, em que o grito nos sai e o sonho brota. Falta pouco tempo. Esmago um cravo na tua boca e deixo-te um abraço...

... e um beijo, Pedro!

mariam [Maria Martins] disse...

Pedro,

grita! pode até ser em forma de poema... gostei muito deste grito!
pode a chuva ser distinta... mas quando chove assim... dentro de mim, tento encher-me com outros sentidos ........ hoje passei o dia a ouvir cantos gregorianos com cheiro a tintas e a pincelar maresias!

bom fim-de-semana
um sorriso :)
mariam

vieira calado disse...

A luz, às vezes, cega...

Um abraço

bsh disse...

Todos temos os nossos momentos mais ou menos bons.

Tudo depende da luz que nos guia.

http://desabafos-solitarios.blogspot.com/

ruth ministro disse...

Sinto este poema. Sinto muito...

Beijo

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...