9 de março de 2009

pEqUeNoPaSs0

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Se um pequeno passo apenas me trouxesse a tua voz saberia o valor das viagens. Quem sabe ainda perto do terminal ou na berma da estrada conseguisse ouvir o canto dos imortais. Rompo em ruinas e cascatas de cobrir as janelas. Mal sei das palavras. Só os olhos que se atiram e as mãos trémulas em inquietos desassossegos. Que dos silêncios se faz a noite. O mar que me cobre o rosto cansado. O sorriso de tudo querer alcançar. Eu sei que sempre será pouco para tanto. Um minuto apenas bastaria para recomeçar e de novo sentir um nó na barriga. Como num livro que se abre ao acaso e nos serve de espelho. Em rio corrente forte dos segredos. E aqui fico eu. Prostrado perante o infinito...




4 comentários:

Maria disse...

Parei para pensar. Porque às vezes é preciso parar de correr. Para pensar. A corrente do rio levava um barco de papel em direcção ao mar. E a corrente cada vez mais forte. E o barco de papel mal se aguentava à tona da água. E eu ali, a pensar. Uma gargalhada de criança distraiu-me dos meus pensamentos. Ela olhava o barco de papel e ria. Perguntei-lhe se o barco era dela. Disse que não. Então porque ria tanto. Respondeu-me que o barco tinha uma gaivota lá dentro, que só ela via. Olhei melhor o barco. E vi lá o teu sorriso...

Um beijo, Pedro

Maria P. disse...

Passo-a-passo no teu passo...

Beijinho, Pedro*

cristal disse...

É...acontece abrirmos um livro ao acaso e encontrarmos exactamente as palavras que precisamos ler...

Lindo, Pedro

Abraço

Anónimo disse...

Sorri Pedro, a vida é feita disso tudo que escreves, a vida é abrir um livro, é um abraço, é um sorriso, é um desassossego que procura sossego mas não sabe viver fora da inquietação. Que piada teria a vida se ela fosse a preto e branco?

Solta o papagaio e lança-o na praia.

Beijos

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...