10 de maio de 2009

eUs0uEu


Não sei do caminho que os meus pés pisam inquietantes...
Talvez uma revolta, um sonho,
Um acorde apenas que cobrisse todos os amantes...
Que encantasse as correntes dos rios,
Os pedaços de vida, os arrepios...
Que eu sou pobre vagabundo entre cada olhar de mim.
Que sou vaga suave, tempestade enfim...
Que sou novo, velho, talvez moribundo...
Que transporto dentro a força do mundo...
Que sei da flor, das marés e do amor.
Da janela aberta das tuas mãos...
Das lágrimas de alegria do teu rosto...
Sem dono nem entreposto...
Só com o poder de ser.
Como agora, como dantes.
Não sei do caminho que os meus pés pisam inquietantes...

5 comentários:

BF disse...

São as palavras que nos unem nas estradas que caminhamos sós...vazias e tão cheias de sentires.

um beijo
BF

Vanda Paz disse...

Não sei o caminho que pisa, por vezes nem eu sei o caminho que piso. Sei que vou andando através das palavras e dos sonhos que me elevam, só assim sei que caminho, inquietamente, mas caminho.

Depois de beber do meu néctar, trouxe-me uma brisa aqui. Talvez tenha ficado por lá uma vaga suave que me mostrou este caminho…talvez….

Deixei-me ficar por aqui algum tempo e gostei muito do que li. Parabéns pela escrita e pela sensibilidade.

Abraço

Vanda Paz

A CONCORRÊNCIA disse...

O que importa não é saber, o que importa é encontrar o caminho, e seguir em frente deliciando-nos com a paisagem ...

Beijo grande

Anónimo disse...

"eu sou eu" isto é sem dúvida o mais inquietante que acompanha o nosso caminho.

beijinhos Pedro.

Maria disse...

Aonde nos leva esta estrada, Pedro?
Qual o cheiro dos montes a percorrer
e o sabor da seiva dos pinheiros?
Sei de um rio a correr lá ao fundo. Ouço-o, sim. Corre por entre pedras a caminho da nascente. Da outra nascente.
Sinto o aroma das flores silvestres regadas com o meu orvalho. Abre as tuas mãos nunca fechadas e recebe-as. São para ti. Outra vez, sim.

Saberás do caminho. Pois belo é "o amor feito caminho em nós, no silêncio"...

Um abraço nosso, Pedro

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...