Os meus olhos perdem-se na escuridão. Dentro de mim.
Nada acontece. Dentro de mim.
Conto as horas e o tempo eterniza-se. Dentro de mim.
Corro atrás de não sei o quê. Dentro de mim.
O silêncio é um grito que ecoa. Dentro de mim.
O mapa da história e sangue da memória. Dentro de mim.
Cada verso repete-se e sufoca-se. Dentro de mim.
Multidões e vazios dançam. Dentro de mim.
A morte. Sempre a morte. Dentro de mim.
Que o desejo é pele. Dentro de mim.
O abraço mais que tudo. Dentro de mim.
Nada acontece. Dentro de mim.
Como se tudo parasse demasiado. Dentro de mim.
Ou o ritmo dos bombos um coração aflito. Dentro de mim.
Um cheiro. Um toque. Um olhar perdido. Dentro de mim.
Olhas-me sempre assim? Dentro de mim.
Na exactidão mais exacta de mim. Dentro de mim...
9 comentários:
Olho-te sempre assim. Porque não sei olhar-te de outra maneira. Dentro de ti.
Sei que o desejo é pele e o abraço mais que tudo. E sei que este é um poema muito bonito que ma calou. Dentro de mim...
Abraço-te, Pedro
'me' calou e não ma calou...
Da minha aparente tranquilidade .... há em em mim ... DENTRO DE MIM ...um turbilhao de emoçoes ... um desassossego constante ... DENTRO DE MIM ...(e que raramente exponho ...)
Beijos ...
C.
PS: Tavernar sem vocês - Maria e PB - nao é a mesma coisa !!! ;)
Continuam a correr as palavras (música,silêncio,sangue, desejo morte...) em turbilhão de uma nascente límpida algures (dentro de ti).
Gosto!
L.B.
A tarde de hoje não a vou esquecer. Nem do que disseste nem do que foi dito. Obrigada, Pedro.
Um abraço, que ainda sinto, forte.
O teu "Dentro" é um lugar lindo.
beijo
Fabuloso poema. Fez eco dentro de mim.
Grata pela sua passagem nos universos*
E tudo isso eu também sinto dentro de mim!
Pedro, lindo tudo o que escreve!
Beijo,
Margusta
senti exatamente o toque suave das suas palavras. dentro de mim.
vou seguir seu blog. gostei muito.
até. beijo.
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