14 de outubro de 2009

oMeUpRaNt0


Podes deixar-me o teu cheiro
Carregar-me os sonhos de tanto.
Podes amar-me no horizonte derradeiro
Mas não me matarás este pranto...
.
Podes dar-me o abraço mais amigo
Banhar-me de beijos e manto.
Podes oferecer-me o mar ou um abrigo
Mas não me matarás este pranto...
.
Podes ser tu em mim todos os dias
Respiração de mim, verso e canto.
Podes encher-me de luz e ventanias
Mas não me matarás este pranto...
.
Podes pintar-me as memórias e o futuro
Sabes bem como, sabes bem quanto!
Podes ser rio, foz ou sangue puro
Mas não me matarás este pranto...
.
Porque este pranto é a minha inquietação
Que se refaz e desnorteia a cada hora...
Sempre que a morte ressuscite no meu coração
E teime em não se ir embora...

5 comentários:

Maria disse...

Estas palavrasquenosunem têm música, Pedro. Podes pegar na viola...
Sabes que eu guardo o teu cheiro em mim?

Abraço-te

Carol disse...

Há "desnorteios" tão inquietantes, que deixam em nós um manto com um cheiro tão saboroso ...

Amei ...

Beijos carinhosos,

C.

Anónimo disse...

Olá.
Hoje só sinto as palavras e não as sei dizer, deixo-te um beijo.

maré disse...

somos o abraço que se desfaz
o sangue que se perde no desenrolar da onda.

somos o rosto do naufrágio
o pranto onde uma noite se estende.

____

um beijo, no soalho da ria

zmsantos disse...

Estou com a Maria. Estas palavras têm "letras" para uma música.

Abraço.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...