Podes deixar-me o teu cheiro
Carregar-me os sonhos de tanto.
Podes amar-me no horizonte derradeiro
Mas não me matarás este pranto...
.
Podes dar-me o abraço mais amigo
Banhar-me de beijos e manto.
Podes oferecer-me o mar ou um abrigo
Mas não me matarás este pranto...
.
Podes ser tu em mim todos os dias
Respiração de mim, verso e canto.
Podes encher-me de luz e ventanias
Mas não me matarás este pranto...
.
Podes pintar-me as memórias e o futuro
Sabes bem como, sabes bem quanto!
Podes ser rio, foz ou sangue puro
Mas não me matarás este pranto...
.
Porque este pranto é a minha inquietação
Que se refaz e desnorteia a cada hora...
Sempre que a morte ressuscite no meu coração
E teime em não se ir embora...
5 comentários:
Estas palavrasquenosunem têm música, Pedro. Podes pegar na viola...
Sabes que eu guardo o teu cheiro em mim?
Abraço-te
Há "desnorteios" tão inquietantes, que deixam em nós um manto com um cheiro tão saboroso ...
Amei ...
Beijos carinhosos,
C.
Olá.
Hoje só sinto as palavras e não as sei dizer, deixo-te um beijo.
somos o abraço que se desfaz
o sangue que se perde no desenrolar da onda.
somos o rosto do naufrágio
o pranto onde uma noite se estende.
____
um beijo, no soalho da ria
Estou com a Maria. Estas palavras têm "letras" para uma música.
Abraço.
Enviar um comentário