5 de junho de 2010

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Como se fosse uma pequena flor nos meus dedos
Ou uma lágrima de alegria.
Quem sabe um toque de melancolia
Pequenos cantos, fogos e enredos
Que me pintam a alma e me traçam o dia...
Como se fosse apenas grão de areia
Ou um grito que ninguém queria.
Que a dor também se faz arritmia
Em todos os tempos quando passeia
Pelo meu corpo que sangra a cada dia...
Como se fosse um beijo ou uma palavra só
Ou um calor feito solidão e companhia.
Qualquer coisa de sussurro, de poesia
Largado em mim entre o horizonte e o nó
Nos labirintos com que pinto cada dia...
Como se fosse nada!
Construção sem rosto, abadia.
Pó de dentro em espasmo e sangria
Este querer foge de mim nesta estrada
Por onde me perco de novo, quando raia o dia...

3 comentários:

M(im) disse...

Como se fosse possível.... fazer sempre melhor!
Beijo

Maria disse...

Em cada poema teu renasço como se as tuas palavras me dessem vida em cada sorriso teu me desfaço como se cada regresso fosse uma partida em cada rua que percorro me perco como se não fosse amanhã o dia em que o vento que sopra aqui tão perto não viesse sempre dizer-nos bom dia!

Abraço-te, Pedro.

OUTONO disse...

Como se fosse possível...dizer, que a palavra...não tem alma...!?

Como se fosse possível não estar ...onde está a palavra poesia do nascer em cada dia!?

Como se fosse possível...calar o silêncio....num grito de olhar!?


Abraço amigo

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...