9 de junho de 2010

vAzIo

As palavras não me bastam. Arrastam-me na escuridão. Perto desse abismo que hoje me deixa sem ar. Porque querer-te é também não te ter. É sim. E não. Muito mais que solidão. As palavras não me completam. Sangram-me nas saudades e na distância. Fico pequenino e sem voz. Rouco de um silêncio que me rompe a ânsia. Em lágrimas que se perdem sós por entre os sonhos. As palavras porque teimam em ficar? Se hoje, meu amor, o vazio é o tanto que me faz chorar?

2 comentários:

Maria disse...

As memórias enchem-me. Sufocam-me todos os dias. Para as memórias não há amanhã, só há o ontem. E eu estou cheia de ontens. Quero amanhãs. Quero respirar ar puro cacimba vento amanhã. Que chova! Quero lavar-me por dentro e que as águas levem todas as memórias. Para ser eu outra vez. Para começar tudo de novo. E repetir tudo o que fiz. E voltar a ter memórias. Que me sufocam...

Um beijo, Pedro.

Anónimo disse...

deixo-te um beijo com todo o meu carinho de sempre.

M.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...