Morte nunca anunciada
Pena infinita e pesada
Alma que caminha ferida...
Boca seca e amordaçada
Corpo que veste a pele cansada
Tempo de uma paixão nunca perdida...
Peito que chora uma trovoada
Olhos de corrente solta e fechada
Dança de raiva sangrenta e contida...
Grita o teu inferno na passada!
Rasga a tua dor e mais nada!
Fome que jamais cai pobre ou vencida...
Vai, luta que o teu nome é palavra sagrada!
Punho que se refaz em cada madrugada
Punho que se refaz em cada madrugada
Chão que te sustenta firme e erguida...
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Não te sei escrever hoje. Por isso a minha dor.
3 comentários:
Tantas vezes mergulho em ti
Para sentir o abraço forte
E respirar apenas mais uma vez
A vida que me vai fugindo
Tantas vezes mergulho em ti
Para fechar a porta à morte
E enterrar na areia os pés
Colhendo lágrimas que vão caindo
Tantas vezes mergulho em ti
Em busca de vida, do meu norte
Que num repente se desfez
Sem perceber o que tinha acontecido
Tantas vezes mergulho ainda em ti
Porque sei que algum dia te vou encontrar
E seremos então apenas um assim
No imenso mar de tanto querermos amar!
Abraço-te, a chover.
Tanto.
Muitas vezes...o poeta...tece as agruras da alma...nas palavras do silêncio e sorri com as lágrimas do desespero.
Muitas vezes...o poeta...pensa que para lá do horizonte, o mundo é inóspita paisagem...sem fluido de ser...e muitas vezes...é preciso chegar à dor...para saber que até a terra árida...é jardim de odores esperança.
um dia mergulho! se partir a cabeça pelo menos sinto alguma coisa!
beijosssssssss
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