17 de outubro de 2010

pErDe-Se-Me

De que vale o sol assim embrulhado
Vestido da saudade que se cala
Perde-se-me a pele e o canto dourado
Vagabundo e morto, entre o cemitério e a vala

De que vale o tempo assim parado
Rente ao que não se faz
Perde-se-me a alma num sonho amputado
No grito louco e preso sem guerra e sem paz

De que vale a poesia de um corpo cansado
Passo que treme as pedras da calçada
Perde-se-me a vida por todo o lado
Nas silhuetas que de tanto se fez nada...

2 comentários:

M(im) disse...

Das tuas palavras, Pedro, nada se perde. Tudo são encontros ou reencontros. O que possa parecer perdido... será apenas para que possa ser redescoberto.
Beijio

Maria disse...

Preciso-te. Da tua pele, da tua alma, da tua vida.
Preciso-te. Porque sem ti a minha vida não faz sentido.
Preciso-te. Para poder gritar. Para sentir a saudade. Para poder continuar nesta estrada que é nossa.

Beijo-te.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...