20 de dezembro de 2010

nÃoMeDiGaS


Não me digas do rio ou do berço que me acolhe Deixa só o silêncio cantar Que o meu corpo é um caminho que não se escolhe Que o meu sangue leva tanto cansaço como o mar Não me digas das viagens ou dos segredos Deixa o meu punho em fogueira acesa Que a minha voz são poços de lágrimas e medos Que o meu sangue carrega marés de incerteza
Não me digas nada. Olha-me apenas.

Faz das minhas noites madrugadas amenas...

3 comentários:

Maria disse...

Digo-te do rio e digo-te do mar Do teu sorriso e da tua voz a cantar Do escuro da noite e do brilho do teu olhar Da cama ainda quente onde te sei sonhar Digo-te dos passos e digo-te dos segredos Que em ti e em mim se fazem medos Quando os ventos que sopram se tornam azedos E tu os acalmas com as pontas dos dedos Digo-te nada Para que em todas as noites Abraces docemente a madrugada.

Beijo-te.

Anónimo disse...

como é que eu posso não dizer?
digo-te tudo.
abraça-me e faz de conta que é de madrugada...

beijos Pedro

zmsantos disse...

Faz da minha alma o narguilé do teu ópio, ou o vaso da tua cicuta mas deixa-me chorar os medos contigo meu irmão.
Abraço.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...