Procura-me na onda que abraça
No vento que trespassa
E fica tatuado.
E o olhar levanta-se,
Atira a sua lágrima de alegria
Cobrindo todo o areal:
Fica e passa...
Na onda que abraça!
Procura-me no azul que beija
Em tudo o que se deseja
E nasce a cada hora.
E a pele ferve-se,
Faz-se poema outra vez e sempre
Inquietando o areal:
Falta e sobeja...
Na onda que beija!
Procura-me no silêncio que canta
No corpo que luta e se levanta
E se lava nas águas loucas.
E o tempo é meu,
Volta na ponta dos meus dedos
serpenteando o areal:
A vida é tanta...
No silêncio que canta!
No vento que trespassa
E fica tatuado.
E o olhar levanta-se,
Atira a sua lágrima de alegria
Cobrindo todo o areal:
Fica e passa...
Na onda que abraça!
Procura-me no azul que beija
Em tudo o que se deseja
E nasce a cada hora.
E a pele ferve-se,
Faz-se poema outra vez e sempre
Inquietando o areal:
Falta e sobeja...
Na onda que beija!
Procura-me no silêncio que canta
No corpo que luta e se levanta
E se lava nas águas loucas.
E o tempo é meu,
Volta na ponta dos meus dedos
serpenteando o areal:
A vida é tanta...
No silêncio que canta!
10 comentários:
Santo Deus!
Que poema lindo, Pedro!
Pedro!
Pois..., sentimentos não têm comentários possíveis!... só que... é, não encontro a palavra, talvez que não haja...
Beijo.
Vou ter de o levar comigo, Pedro...
sim... és procurado:) o mar é de todos, o vento também, as tatuagens são eternas...
e a vida realmente é tanta...
a poesia é tanta
vibra, encanta
desfaz-se em espuma
enrola-se de bruma
veste-se de história
contada de memória
longe da certeza
na esperança acesa
de achar num momento
a paz perdida cá dentro
Fantástico poema.
Como sempre.
Já não espanta.
Beijinho
Encontra-me na volta do tempo
enroscada pelo frio e pelo vento
a chuva a bater-me por dentro
e eu à tua espera, para o momento
Encontra-me uma vez que seja
na espuma da onda que se beija
na boca ardente que se deseja
e na memória, para que se veja
Encontra-me só mais uma vez
na volta do tempo que se desfez
no abraço que se deu mais uma vez
e na despedida, que em nós se fez
Encontra-me por fim em cada dia
na noite no vento que assobia
no mar na rocha em que metia
toda a saudade que em nós cabia.
Encontra-me...
Alguém encontrou o meu beijo por aí?
Pedro saí sem te dar o meu beijo.
Por isso voltei.
beijinhosssssss
Pedro,
Tenho estado por aqui a colocar a leitura 'em dia'... até este último poema, magnífico!
Fiz uma picardia, não te zangues comigo, sabes, tenho a mania de ler alguns poemas ao contrário... e este fica fantástico também :)
"No silêncio que canta
A vida é tanta...
Serpenteando o areal
Volta na ponta dos meus dedos
E o tempo é meu
E se lava nas águas loucas
No corpo que luta e se levanta
Procura-me no silêncio que canta
Na onda que beija
Falta e sobeja
Inquietando o areal
Faz-se poema outra vez e sempre
E a pele ferve-se
E nasce a cada hora
Em tudo o que se deseja
Procura-me no Azul que beija
Na onda que abraça
Fica e passa
Cobrindo todo o areal
Atira a sua lágrima de alegria
E o olhar levanta-se
E fica tatuado
No vento que trespassa
Procura-me na onda que abraça"
beijinhos :)
mariam
... gostei imenso da leitura (toda). Obrigada :)
...perante esta cátedra de poetas que acompanham o POETA...eu simples redactor...retiro-me de mansinho...olhando para trás e pensando:
- quando for grande... vou ser poeta grande como ele PEDRO...ou não me chame OUTONO!!!!
Pedro:
Esta troca de poemas entre ti e a Maria,originou uma recriação da força e do sentimento que tão bem exprimem:
Procura-me nas marés da vida
Na busca poética de quem quer
Atrever-se numa emoção incontida
Descobrindo que há tudo para viver
Encontra-me no silêncio da canção
Que ecoa, num sorriso convertida
No vento que sopra, na inquietação
Em que navegas, numa rota proibida
Abraça-me nessa onda suave e lenta
De quem a toda a hora se reinventa
Pela paixão de velejar em águas quentes
Que, quando me abraças, o abandono
A que me dou é deleitoso qual sono
Dos amantes saciados, sorridentes
Um beijo.
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