13 de abril de 2011

oQuEfIc0u


O que ficou depois de tanto Entre os loucos caminhos e o espanto O que ficou se tanto ficou? Um sonho que se sonhou Um pesadelo que não passou Um amor que se amou E talvez a morte que se matou Isso foi o que ficou no meu pranto Depois de tanto... . O que ficou dentro assim Entre as sementes do meu jardim O que ficou se dentro ficou? Um rio que nunca desaguou Uma maré que se enganou Um beijo que não passou Um sémen perdido que se solidificou Isso foi o que ficou em mim Dentro assim... . O que ficou na pele e na memória Entre os secretos labirintos de cada história O que ficou se na pele ficou? Uma canção que nunca mais se cantou Um copo de vinho que azedou Um vazio que nunca esvaziou Corrente infinita que me acorrentou Ficou. Nem derrota nem vitória Na pele e na memória...

1 comentário:

Maria disse...

Fica sempre quase tudo. A memória encarrega-se de tudo lembrar. Daí os lugares secretos que existem dentro de nós onde guardamos quase tudo...

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...