17 de junho de 2011

fAlO-tE

Falo-te da morte em forma de beijo
Na espuma da memória
Que nos fica, que sempre vejo
Às vezes perto demais, na minha história...
Falo-te da morte em onda calada
Das que chegam à praia e mais nada
Ficam. Desaparecem tatuadas no areal
Falo-te da morte e não me leves a mal
Que nestes silêncios pinto demais a tua voz ainda
Como uma eterna respiração mais que tudo, mais que linda
Onde o meu sangue circula e se alimenta
Falo-te de mim, desta pele que explode e fermenta
Por entre os dedais do teu caminhar
Tão perto do futuro, tão perto do mar...
Simplesmente em mais um momento em que, chorando, me faço forte.
Falo-te do mundo. Da vida e da morte.

2 comentários:

Maria disse...

Fala de tudo o que te apetecer.
Fala do rio que sempre te acompanha
Das margens apertadas em que gritas, dor tamanha
Das cores do arco íris e do amor por viver.
Desde que fales!
Mas cala as noites atormentadas e sombrias
Cala as palavras que soltei em desvario
Num aceso acto de amor mais que tardio
No meu corpo que te aquece em noites frias.
Desde que cales!

mariam [Maria Martins] disse...

Pedro,
É lindo o escreves!
--- E o que a Maria escreve também!
Beijinhos a ambos :)
mariam

oTeMp0

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