4 de dezembro de 2011

p0dEr

Pode um rio pousar o seu reflexo em mim
Sempre que canto na batida de um sonho que vem?
Posso eu deixar-me voar assim
Em busca da foz, sempre mais aqui e mais além?

Pode uma onda correr em direção ao abraço
Quando piso a terra dos caminhos sem medo?
Posso eu adormecer no sorriso que traço
Linha a linha, como se nunca fosse cedo?

Pode um verso romper pelo firmamento
Às voltas em ternuras de tudo inventar?
Posso eu ser tudo a cada momento
Como uma história que nunca se chega a calar?

Pode a vida ter tanta força ao nascer
E de novo lágrima, de novo semente forte?
Posso eu ser grito que se dá ao perder
Os estilhaços brilhantes de mais uma morte?

1 comentário:

Maria disse...

Pode!
Porque tu sabes fazer acontecer tudo isso, assim, sempre...

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...