17 de fevereiro de 2012

aSoLiDã0n0jArDiMd0sAmAnTeS

Serei da minha história uma pegada apenas plantada no jardim dos amantes.
O meu passo trava-se nos sentidos das inquietações vagabundeantes.
O céu tornará a verter lágrimas de canções e vozes soltas ao vento
Quando se contarem os pedaços que ficarem na praia de cada momento
Que o meu peito inventou na morte anunciada da noite cruel da vertigem?
- Ai, a minha pele embala o seu sonho demasiadamente frio, demasiadamente virgem!
Calo depois o sangue que escorri das pétalas abandonadas a germinar
Como se me fizesse de vez ao manto materno do mar
Para ir,
Para ficar,
Partir...
Voltar...
Cair.
Levantar.
Fugir?
Encostar?
Existe uma solidão que me brilha nos dedos fumegantes...
Nos labirintos que turvam as tempestades do jardim dos amantes.

2 comentários:

Maria disse...

Passeio-me no jardim dos amantes e não têm conta as pegadas que por lá ainda vivem. Dizem-me que quanto mais profunda é a pegada mais forte foi o amor. São pegadas de todos os tamanhos e formas, e as pegadas masculinas distinguem-se das femininas, mais suaves. Como se os amantes andassem por cima de um campo de flores. Como se os amantes dormissem, ainda, num leito de flores. Como se os amantes...
Passeio-me no jardim dos amantes e posso contar as pegadas que por lá já não vivem...

Filoxera disse...

Os teus labirintos e vagabundeares de amantes condizem na perfeição com a imagem.
Bela inspiração...
Beijos.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...