Da palavra morte sobra-me a lágrima.
Corre vagabunda no meu olhar
Sem nunca se fazer desaguar...
Da palavra morte sobra-me a dor.
Explode-me forte no peito
E o caminho torna-se mais estreito...
Da palavra morte sobra-me a memória.
Sorri no grito que dou mesmo em solidão
Para se fundir em todos os versos da minha canção...
Da palavra morte sobra-me a tristeza.
Invade bruta em ternura infinita cada segundo
Com que respiro quando regresso ao mundo...
Da palavra morte sobra-me a vida.
Que de tudo o que foi tudo será
Porque verdadeiramente "morte" não há...
Dedico este poema a uma senhora que conheci durante escassos minutos, mas que na força da voz e do olhar me soube ensinar muito mais do que eu já sabia...
2 comentários:
É o que nos sobra da morte: a VIDA!
Já do resto do poema não sei...
Abraço-te.
Excelso poema.
A morte perpetua-se no Amor que deu Vida.
Bjs.
Ailime
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