14 de fevereiro de 2012

DaPaLaVrAm0rTe

Da palavra morte sobra-me a lágrima.
Corre vagabunda no meu olhar
Sem nunca se fazer desaguar...

Da palavra morte sobra-me a dor.
Explode-me forte no peito
E o caminho torna-se mais estreito...

Da palavra morte sobra-me a memória.
Sorri no grito que dou mesmo em solidão
Para se fundir em todos os versos da minha canção...

Da palavra morte sobra-me a tristeza.
Invade bruta em ternura infinita cada segundo
Com que respiro quando regresso ao mundo...

Da palavra morte sobra-me a vida.
Que de tudo o que foi tudo será
Porque verdadeiramente "morte" não há...


Dedico este poema a uma senhora que conheci durante escassos minutos, mas que na força da voz e do olhar me soube ensinar muito mais do que eu já sabia...

2 comentários:

Maria disse...

É o que nos sobra da morte: a VIDA!
Já do resto do poema não sei...

Abraço-te.

Ailime disse...

Excelso poema.
A morte perpetua-se no Amor que deu Vida.
Bjs.
Ailime

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...