5 de dezembro de 2006

Cada caco que ficou partido

Cada caco que ficou partido
No caminho onde colheste o mel
Deixou-se abandonar ao desaparecido
Enraizando o mar numa simples folha de papel...

Assim ficou e assim se perdeu
Aquele jarro procurado.
A simples folha de papel ardeu
Sem que nada fosse conquistado.

O mel e o caminho
Permanecem sós,
Bordados à toa no teu ventre de linho.

Foi quando se rebentaram os nós
Que seguravam os barcos ao cais
E eu, pela primeira vez,
Desejei que não partisses mais...


2 comentários:

eu sou disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
kelly disse...

quando o desejo é forte e autêntico, é completo. não partiu, de certeza...

oTeMp0

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