
29 de abril de 2007
28 de abril de 2007
tRoNc0
27 de abril de 2007
cArRoÇa
CoMiChÃo
Volto na inquietação que me trazes de cada vez que me olhas... ou me esqueces.
Procuro-te no turbilhão de todas as palavras de ti... ou de mim.
Revolto-me na solidão dos caminhos longínquos de mais... ou de menos.
Cubro-me de danças e aromas mais que perfeitos... ou de loucura.
Canto as armas de todas as batalhas da vida... ou da morte.
Regresso à minha casa de mãos vazias... ou cheias.
Porque eu aqui...
Volto
Procuro-te
Revolto-me
Cubro-me
Canto
Regresso
lOuCuRa?

25 de abril de 2007
DeTiEdEmiM
lIbErDaDe
24 de abril de 2007
FuGa
Nos silêncios de te ouvir a cada dia que passa.
Sentado, perdido ou fugidio sem sequer ser cantor
Poeta, talvez, da ternura que vês na minha desgraça...
Ficarei de viola em punho, na luta de mais um grito...
Nos altos montes das estrelas de cada um de nós.
Desmaiado, ferido, como tu, talvez morto e assim finalmente bonito
Forte cavaleiro que se suicida na sua essência frágil e feroz.
23 de abril de 2007
àTuaJaNeLa
À tua janela.
22 de abril de 2007
tEmPoDeNóS
Tempo. Tudo no tempo se poisou. A espera. A ternura. Solidões. Muros. Palavras...Tempo. Da respiração das margens. Da corrente turbulenta na foz. Das ondas (claro, das ondas). Das palavras...Tempo. É pensar que existimos. Saber que temos uma voz. Mesmo rouca a voz cantará sempre. Porque os cantos são os gritos de dentro. No maior grito das palavras... As palavras...Tempo. Onde nos descobrimos outra vez. Como se tudo fossem caminhos para descobrir. Onde nos entendemos e nos perdemos de novo. A cada novo sopro da paciência.21 de abril de 2007
fUiEs0uSoUeFuI
Entrei em casa e esqueci-me da luz. Esqueci-me da luz mas entrei em casa.
Entrei em casa.
Assim fiquei.
19 de abril de 2007
aRc0-íRiS
18 de abril de 2007
s0MbRaS

DDee qquuee ssoommbbrraass ssããoo ppiinnttaaddaass aass mmiinnhhaass ppééttaallaass?? QQuuee ppoonntteess,, ttoorrnnaaddaass ffiinnaallmmeennttee ssóólliiddaass,, mmee ccoobbrreemm?? PPeeddaaççooss ddee mmiimm,, ppoorr aaíí.. TTaallvveezz ppoorr ddeennttrroo,, ttaallvveezz vveerrddaaddee...... TTrriillhhooss ddee uumm ccaammiinnhhaannttee ssoollttoo nnaa ssuuaa pprróópprriiaa prisão......
17 de abril de 2007
ReGrEsSo
Tanto tempo passara desde a última vez! Tantos silêncios ecoaram dentro do peito da bela amante, quieta talvez.Foram dias e noites em que as palavras morriam só por nascer. Foram as páginas marcadas por negras feridas sem se ver. Foram ruínas emersas nas ondulações dos cabelos ao vento, sabe-se lá com que nós. Foram lágrimas correntes nos rios de margens secas, de perpétuo abandono na foz. Foram pedras, calçadas nunca pisadas de pontes de nada ligar. Foram desertos de futuros de nunca mais pousar.
Tanto tempo passara desde a última vez! Mas quando de novo o viu, a bela amante de novo se desfez...

0uTrAvEz0nDa
Volta da onda na espuma branca e sujaNão me apagues, meu amor, que os poetas se calarão
Longe de tanto, o ninho de uma alma que responda
Ao vai-e-vém que vai a ti e vem ao meu coração
Apenas para me dizer: Serei sempre onda!
16 de abril de 2007
jAmAiS!
Jamais morrerão as minhas palavras perdidas num qualquer jardim!15 de abril de 2007
ApEnAsNóS
Perdidos num quarto onde o sol se fazia convidado, onde o vento se fazia cobertor, onde as cores e os aromas dos corpos se faziam tijolo e telhado... Perdidos nessa paixão bailante dos olhos fechados, dos olhares para dentro de dentro, das lágrimas de nos banhar e de construir o chão... Perdidos no tempo, num tempo de não existir mais nada. Nem o sol nem o vento. Apenas nós. E o quarto cheiro de luz que entrava através da janela que tinha deixado propositadamente aberta à tua chegada. 13 de abril de 2007
sAbErEi?
AtEnDe!
Foi quando me olhaste que a minha boca se tornou maior que o meu espelho e logo decidiu ser conto de fadas.Foi quando me olhaste que cantei em silêncio todas as paredes aquecidas dos nossos lares.
Foi quando me olhaste que deixei a minha mão junto aos teus cabelos sem te poder tocar.
Foi quando me olhaste que cada foguete da festa anunciou mais um arraial de ternura.
Foi quando me olhaste que caí morto nas correntes dos trilhos de não levar de volta.
Foi quando me olhaste que parei. E também olhei.
Finalmente olhei.
Para de novo cegar...
12 de abril de 2007
PeRtEnCi-Te?
Pertenci-te por momentosPerto de mim em cada recordação
Longe de todos os beijos sedentos
Os gestos certeiros de mais um canhão
Pertenci-te assim apenas
Às voltas em cada palavra desenhada
Tombado no perfume das assucenas
Onde nos deitámos em mais uma madrugada
Pertenci-te mesmo sem saber
Por dentro de mim, solto de tudo
Gritei de dor, sem nunca esquecer
Que o teu orgasmo foi sempre mudo
Pertenci-te e quis-te outra vez
Quem sabe perdida em tons de mar
Onde pudesse num só mergulho talvez
Fazer-te maré de nunca parar

DeCá
Não me dês palavras vãs
Ao chegar ou ao partir
Encontra-me apenas, a sorrir,
Pelas noites, pelas manhãs
Onde cada olhar se faz cedo
Onda cada tempo se torna segredo
Onde cada vontade é nosso brinquedo
Perdido nas mãos que se chamam...
OnDa
Foi na praia limpa que ele a procurou, perdendo-se por entre cada grão de areia. De duna se fez e se deixou vigiante. À espera dela. Veio uma onda e perguntou-lhe "És tu?", ao que ela respondeu "Não. Mas posso ser...". Virou as costas às águas e assobiou ao vento. "Quem é?", perguntou-lhe ele de seguida. "Sou eu. Procuro-a... Sabes onde está?". Não obteve resposta. Só um leve sopro que o devolveu ao mar e o transportou pelas marés. Até hoje. 11 de abril de 2007
ToQuE
Percorre-me as mãos em silêncio que o teu toque diz tudo. Depois deixa-te ficar em mim como se um só respirar bastasse para construir tudo o que duas mãos sabem: a vida!
10 de abril de 2007
nÓ

9 de abril de 2007
oLhArEsDeVoLtA

8 de abril de 2007
aDoIs

7 de abril de 2007
aFiNaL

Afinal sei que existes,oTeMp0
O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...





