17 de abril de 2007

ReGrEsSo

Tanto tempo passara desde a última vez! Tantos silêncios ecoaram dentro do peito da bela amante, quieta talvez.


Foram dias e noites em que as palavras morriam só por nascer. Foram as páginas marcadas por negras feridas sem se ver. Foram ruínas emersas nas ondulações dos cabelos ao vento, sabe-se lá com que nós. Foram lágrimas correntes nos rios de margens secas, de perpétuo abandono na foz. Foram pedras, calçadas nunca pisadas de pontes de nada ligar. Foram desertos de futuros de nunca mais pousar.


Tanto tempo passara desde a última vez! Mas quando de novo o viu, a bela amante de novo se desfez...




10 comentários:

Claudia disse...

Tanto tempo... Tanto.

un dress disse...

tantas belas amantes!

tantas almas de janela aberta

tantas!

como não? :)



pedro.abraçO

Maria P. disse...

Palavras de dois.

Um beijo*

Maria disse...

Tantos silêncios...
Tanto tempo...

Um beijo, com tempo

Espaços abertos.. disse...

Silêncios que marcam os tempos das palavras proferidas a dois...

Bjs Zita

cuotidiano disse...

É bom (fundamental, urgente)renascer, a cada passo, a cada beijo, a cada "bela amante"...

Grande texto!

(Já tinha saudades - nomeadamente das palavras -, depois de tanta ausência...)

Um abraço

Maria Carvalho disse...

Regressos e reencontros são sempre bem vindos...o tempo esquece-se a partir daí.

Alexandra disse...

O Tempo, esse icone da relatividade... passa sempre tanto tempo desde a última vez que vimos, sentinos, olhamos... o que quer que seja!

Beijo

Noz Moscada disse...

o problema é se esses encontros e reencontros, que podem durar uma eternidade, nunca levem a nada, espero que leve, sinceramente.
gostei do texto.

Je Vois La Vie en Vert disse...

É o presente que interessa !
Um beijinho verdinho

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...