Cada silêncio levanta as palavras gastas de tamanha inquietação.
Volto de novo um dia talvez quem sabe outra vez a ser isso mesmo... Presente.
Carrego-me as memórias das ondas que devoram todos os momentos do meu coração.
Sufoca-me o peito. Abafa-me a história. Perturbante maré nos meus olhos perdida.
Calo-me. Sim. Calarei todos os pedaços das trocas. Dos aromas em ebulição.
Na estação da viagem. Por entre o escuro da noite e a certeza da partida. Só de ida?
Em todo o peso de uma existência fortemente entregue ao destino e à solidão.
Cada lágrima. As minhas. Sem reflexo. Sem brilho. Limpas. Plenas de mim.
Na mistura indissolúvel que nos interroga os caminhos quando se vê o fim.
Perto demais da morte. Longe demais da entrada. Onde tudo se atropela assim.
Será jardim?
3 comentários:
Nas palavras me deixo adormecer para que alcançar os teus pensamentos se torne realidade...
Não sei, Pedro.
Mas pode ser um jardim. Verde!
Um beijo de boa noite
... a cor depende do coração de cada um.
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