Os espelhos impedem-nos de ver às vezes. Os espelhos não nos mostram quem temos à frente; reflectem-nos os que estão por trás. Às vezes mostram-nos o que não vemos: os que estão ao lado.
Mas os rios; os rios-espelho são corrente em sol forte que nos acorrentam em nós de existência. Em potentes silêncios de chamamento. Em luz certeira que nos lembra as lágrimas. As nossas. As tuas. As dele. Dela.
Parto o espelho ou atiro-me ao rio?
5 comentários:
parta o espelho e atire-se ao rio... que é do lado de cá que se vê e que nasce a corrente das lágrimas que nos limpam e aquecem... de sol e rio sem reflexão... ou reflexo...
(bela foto!)
Atira-te ao mar e diz que te "empurrarem" (não resisti, desculpa, mas é refrão de uma música)
Bjs
Atira-te ao rio. e nada. até à exaustão.
Aí já não há espelho, apenas TU.
Beijo, Pedro
Passas para o outro lado apenas. Como Alice. Haverá realidade?
Um beijo e um bom ano.
precisas de o partir?!?
atira-te ao rio
numa tarde quente
sem partir o frio
do espelho luzente
atira-te ao rio
deste mar tão perto
teu calor, senti-o
num abraço por certo
se as palavras unem
o que as ondas dirão
quando elas se fundem
choram de emoção
atira-te ao rio
reflecte nas águas
todo este teu brio
e as tuas palavras
lágrimas que chores
irão na corrente
algumas são dores
mas nenhuma mente
atira-te ao rio
não hesites, salta!
atira-te ao rio
expurgas a alma
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