24 de janeiro de 2009

sIlÊnCi0sQuEcAlAm



Os silêncios são tempestades que no peito carregam as memórias. Falésias onde o mar bate, nos canta e nos atira contra nós próprios. Em janelas que mesmo abertas nos impedem de saltar. Sentimo-nos presos. Amarrados dentro da saudade e em sonho. Os olhos recusam a luz. As mãos tremem. O corpo seca e sufoca. Os silêncios são a cor negra da paz e o fogo da guerra. São passos dados no mesmo lugar. Em viagens sem partida ou chegada. Os silêncios são frios. Esbarram no rosto e interrompem os sorrisos. Os silêncios calam!

5 comentários:

Maria disse...

Se nunca te disse o que são os meus silêncios como os adivinhas? Como me consegues ler por dentro? Como me sabes do sufoco ou do frio?
Como me sentes o tremer das mãos? E de quando cego? De todas as vezes que calo?
Tenho um nó na garganta. De silêncio e lágrimas feito.
Rasgo-me todos os dias um pouco mais...
...para poder regressar-me na maré cheia do teu abraço...

Um beijo, Pedro

Paula Raposo disse...

Gosto e não gosto dos silêncios. Deste, gosto. Beijos.

beteparreirao disse...

Os silêncios são tempestades que no peito carregam as memórias do que foi tão lindo e mágico.
Os silêncios esbarram no rosto, no coração, na alma.
Por isso o regresso dos sorrisos é tão difícil e moroso.

Também gostei muito deste poema, é tão forte para mim como o "cada lágrima que vertes"...

beijito pedro

mariam [Maria Martins] disse...

Pedro,

gostei de ler estes teus "silêncios" mas também gosto dos outros, os silêncios reflexivos, os silêncios entre olhares que não precisam palavras, os silêncios...

um sorriso :)
mariam

Anónimo disse...

Os silêncios dizem tudo....
estás a ouvir-me?
é nas palavras que calo...
é uma tempestade que não sai do sitio.
mas nunca interrompem sorrisos, vês o meu?

beijo

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...