Sento-me silêncio na beira do rio
Perco o olhar entre a fome e o arrepio
Sei da morte, do tempo, das viagens
Mas não sei das margens...
.
Grito flores ao vento em poemas de dor
Grito flores ao vento em poemas de dor
Rasgo-me por inteiro entre a solidão e o amor
Sei de tantas memórias e paisagens
Mas não sei das margens...
.
Rebento um sangue ardente que das veias corre lento
Rebento um sangue ardente que das veias corre lento
Pouso o corpo por entre o sonho e o esquecimento
Sei dos rumos e das paragens
Mas não sei das margens...
.
Curvo-me embriagado perante mim
Curvo-me embriagado perante mim
Carregado de cinza que se desfaz por fim
Porque sei de cor todas as fontes e miragens
Mas ainda não sei das margens...
6 comentários:
...porque nas margens pode estar a segurança que se precisa, por isso tantas vezes a perdemos...quantas vezes em nós mesmos
beijos e boa Páscoa
Seguramente encontrarás as margens, mais cedo do que tarde. Porque as margens, estas de que falas, somos nós que as desenhamos. Dentro do peito. No coração.
Um beijo, Pedro
Olá, venho desejar uma Boa Páscoa, replecta de amêndoas e boa disposição.
Beijinhos e até breve.
Lyra
;O)
Pedro,
a vida toda... é de margens feita... e de pontes, que podemos ou não atravessar...
um poema lindíssimo . este .
Boa Páscoa
grande abraço
mariam
nota:foi bom aderir à causa do 'Gui' e foi um gosto estar convosco.
Já tinha adorado, volto a adorar...
Beijinho, Pedro*
Este poema das Margens, ia jurar que já o tinha comentado... vê só como eu ando...
Não sabes das Margens? Nem eu das Minhas...
Apenas sei que um dia li algures, e nem sei quem escreveu "todos falam da violência/força do rio mas todos se esqueçem das margens que o comprimem..."
As margens é o sitio até onde nos é permitido chegar a partir daí ultrapassando as margens entramos em terreno minado...
Assim as vejo, assim as sinto.
Beijo Pedro :)
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