Passa o tempo, sobra o caminho
Rasgo de mansinho
Uma fúria tanta pintada na poesia que inventas
E tudo o mais é o espaço em que tentas
Fazer o passado nascer.
Só porque não me podes ter...
.
Largam-se os versos, sonham-se os passos
Improváveis cansaços
De uma fonte que depressa se faz ao mar
E tudo o mais é o espaço onde te vais matar
Sem mais nada ter ou querer.
Só porque não me podes ter...
.
Farta caminhante,
Eterna amante
À solta no seu peito aprisionada
Perdida, sem voz e cansada
De mais um dia de nada acontecer.
Só porque não me podes ter...
.
Liberta o teu sangue sobre as águas que choras
Deixa-te ficar e pergunta-te porque demoras
Neste sonho que se vai desfigurando sem se ver
Nos teus olhos que um dia vão acordar e saber
Que para me amares nunca me poderás ter...
4 comentários:
Às vezes deixas-me sem palavras...
... mas com um enorme sorriso e um forte abraço para te 'esmagar'!
Amigo,
Um dia o reencontro vai acontecer na deslumbrante Luz e Paz que só Deus pode dar.
Beijinho.
Ailime
vesti-me com este teu poema, Pedro.
Abraço.
Amores assim são os mais dolorosos.
Mesmo que as palavras belas tentem dissimulara dor...
Não te podem ter, porque não te dás?
beijo.
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