2 de novembro de 2010

eSpUmA


No vazio que o tempo coloriu
Escrevendo um jardim de nada
O meu sonho queimou-me e caiu
Sem dono, sem cor e sem morada.

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Perdeu-se no caos de uma praia cega

Gritou a dor ao som da morte
Este é o meu tempo que não dorme nem sossega
Como uma flor, que de frágil se faz forte

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Assim, um dia serei vento eterno
Cantarei as dores e os sonhos do mundo
Enquanto for meu este inferno
Que faz de mim outra vez vagabundo...

3 comentários:

A CONCORRÊNCIA disse...

Gosto do novo visual destas palavras que nos unem. Ficou mais leve, com uma luz diferente, muito arrumadinho. Gosto mesmo muito, e depois esta foto com cheiro de mar ...

Beijo grande.

OUTONO disse...

Ímpar...

Maria disse...

Voltei hoje junto do mar. Da espuma das ondas. Encontrei um búzio dos que têm o barulho do mar dentro.
Em profundo silêncio perguntei ao mar se sabia onde estava o teu sonho. Soprou uma rajada de vento e a meus pés uma concha.
Trouxe-a comigo. Lavei-a com o meu sal. E dentro da concha o teu sonho.
Agora o búzio e a concha estão juntos, mar e sonho, dentro de nós.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...